segunda-feira, 25 de abril de 2011

Uma colcha de retalhos

O brasileiro é um povo engraçado. Não tem rosto definido, não tem uma cor característica. É aquele que provoca uma série de perguntas,sendo uma das principais "De onde é que ele veio?".
    
Quem é o brasileiro? É aquele rosto famoso na revista de fofocas; é aquela cara desconhecida que pega ônibus com você. É aquele que canta nas rádios de música sertaneja; é aquele que só arrisca uma balada no chuveiro. É aquela caravana animada que está sempre no show mais badalado; é aquele grupinho que se reúne uma vez ou outra para ler poemas. É aquele que é movido à base de churrasco; aquele que não passa sem um pão de queijo; e aquele que fica só na saladinha básica.
    
O brasileiro é aquele que simplesmente não pode ser equiparado a uma paleta de cores, a uma simples mistura de "branco, negro e índio", como aprendemos no primário. É algo mais, é uma paleta de alma. Existe o corinthiano carnívoro por formação e convicção; existe a palmeirense vegetariana, verde de corpo e alma. Existem flamenguistas e tricolores; cruzeirenses e atleticanos; e existem, claro, aqueles que detestam futebol.
Escrever mais? Impossível. Como descrever uma população que parece um gigantesco reality show? Cento e noventa milhões de participantes de milhares de localidades?

Quem vence?

A mais rica variedade cultural do planeta...

Menkalinan (26/05/2006)

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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Anjo - Canto II

Afoguei-me
Anjo! por que me abandonaste?
Teu sorriso cândido tornou-se riso de escárnio
Tua face doce se transformou em um esgar
O que te aconteceu, doce anjo?

Ah! mais maligno, mais torpe, mais covarde
É o demônio que se transveste de anjo
É o príncipe que me aprisiona
É o lago sereno que me arrasta ao fundo!

Mais cruel é a lágrima quente
Que escondia teu prazer em meu sofrimento
Oh! abraçar-te, buscar tua ajuda pura
Enquanto erguias teu punhal reluzente...!

Antes gritasses comigo!
Tuas palavras mansas, cristalinas
E eu não via tua alma de gelo... ai!

Sangra-me! sangra-me até a morte
Meu corpo frio será lembrança
Do anjo decaído que visitou meu leito
Oh! belo como Lúcifer
Teus cabelos cor de trigo
Trazem enxofre vestido de jasmim...

Leva-me até teu submundo
Tua escrava, tua boneca
Inanimada, embalada em tuas asas negras
Tão brancas...!
Leva-me ao Éden dos perdidos
Onde Adão e Eva terão sempre seu lugar...

Teus olhos tornam-se brasas!
Temo; não ouso fitá-los
Sou sombra agora, sombra da donzela meiga que outrora fui
Estás sobre mim, dentro de mim
E agora sou tua
Desesperadamente tua...

Anjo pérfido, maçã do Paraíso!
Toca-me, tem-me!

Deixa-me...
Menkalinan (23/04/2006)
 
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domingo, 3 de abril de 2011

Anjo

Não te acanhes, anjo
Por te olhar com tanta devoção
Não me abandones, anjo dos cabelos cor de trigo!

Teus olhos fundos não me mostram saída de tua alma
Afundei-me neles como nos mares mais escuros
Quisera eu saborear-te o sal das lágrimas...!

Teus lábios castos, secretos
Me são trazidos por Morfeu
Oh! anjo da pele de luz
Sacia-me o desejo mundano!

Olhar-te só...

Minha alma torna-se plena
Com um sorriso de tua alma
Anjo, meu doce anjo
Vem embalar-me em meus sonhos de menina...!
Vem envolver-me em meus devaneios de mulher...

Menkalinan (06/04/2006)

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